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Polícia faz buscas perto de Paris por suspeitos de ataque à 'Charlie Hebdo

A polícia antiterrorismo da França convergiu para uma região a nordeste de Paris nesta quinta-feira (8) depois que os dois irmãos suspeitos de cometerem o ataque ao jornal semanal "Charlie Hebdo" teriam sido vistos em um posto de gasolina da área.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse temer que os militantes islâmicos que mataram 12 pessoas ataquem novamente, enquanto a polícia realiza uma caçada pelos irmãos Cherif e Said Kouachi pelo país.
O nível "alerta de atentado", o mais alto em termos de vigilância e segurança na França, aplicado na região parisiense desde a matança na redação da revista Charlie Hebdo, foi estendido para a região da Picardia.
"Em função dos acontecimentos, o primeiro-ministro decidiu estender à Picardia o nível de atentado", indicou o gabinete de Manuel Valls.
Segundo o jornal "Le Figaro", as forças policiais que buscam os dois estão espalhadas em uma zona de busca de 20 km por 15 km, ou 300 quilômetros quadrados, em torno de Crépy-en-Valois.
Isso, de acordo com o jornal, contradiz a informação da TV local France 3 Picardie, segundo a qual os irmãos suspeitos estariam atualmente entrincheirados numa casa em Crépy-en-Valois.
 
Duas fontes da polícia disseram que os suspeitos foram vistos armados e vestindo capuzes em um Renault Clio dentro de um posto de gasolina em uma estrada de Villers-Cotterets, a cerca de 70 quilômetros da capital francesa.
Em meio a reportagens da mídia francesa apontando que os homens abandonaram seus carros, o prefeito da cidade vizinha de Crépy-en-Valois, Bruno Fortier, disse que helicópteros estavam sobrevoando sua cidade e que havia muitos homens da polícia e das forças antiterrorismo.
"É uma valsa incessante de carros e caminhões da polícia", disse ele à Reuters, acrescentando que não podia confirmar os relatos de que os homens estavam cercados em uma casa da região.
Sete pessoas foram detidas em conexão com a investigação sobre o ataque. Uma fonte judicial que não quis se identificar afirmou anteriormente que mulheres e homens próximos aos dois irmãos identificados como os autores do ataque estão atualmente sendo interrogados pela polícia, sem informar onde foram detidos.
Suspeitos
A polícia divulgou fotos dos dois cidadãos franceses que ainda estão soltos, descrevendo-os como “armados e perigosos”. Os irmãos Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, ambos já conhecidos dos serviços de segurança.
Na quarta-feira à noite, um homem de 18 anos se entregou à polícia em Charleville-Mézières, perto da fronteira com a Bélgica, enquanto a polícia conduzia buscas em Paris e nas cidades de Reims e Estrasburgo, no norte do país.
Uma fonte judicial disse que o rapaz que se entregou é cunhado de um dos principais suspeitos. Ele alegou inocência.
Amigos de Mourad Hamyd estão fazendo uma campanha nas redes sociais, com a hashtag #MouradHamydInnocent, afirmando que ele não tem envolvimento no ataque à revista "Charlie Hebdo". Segundo eles, Mourad estava em aula no momento do ataque.
As redes sociais na França proporcionaram vários relatos de helicópteros da polícia sobrevoando o norte do país. A polícia intensificou a segurança em centros de transporte, locais religiosos, instalações de mídia e lojas de departamento.
Atentado contra a democracia
Líderes nacionais e Estados aliados classificaram o ataque ao Charlie Hebdo, famoso pelas sátiras sobre o Islã e outras religiões, assim como de políticos, como um atentado contra a democracia. Os sinos da catedral de Notre-Dame tocaram durante um minuto de silêncio, respeitado por toda França e em outros países.
Nesta quinta, uma policial foi morta em um tiroteio no sul de Paris, mas fontes policiais não puderam confirmar de imediato se o incidente estava ligado ao atentado de quarta ao jornal semanal Charlie Hebdo, o pior ataque em território francês da última década.
O prefeito de Montrouge, Jean-Loup Metton, disse que a policial e um colega atendiam a um chamado de acidente de trânsito no momento do tiroteio, na quinta. Testemunhas disseram que o criminoso fugiu em um carro modelo Renault Clio, e fontes policiais disseram que ele vestia um colete a prova de balas e portava uma pistola e um rifle.
Mas um policial na cena do tiroteio disse à Reuters que o suspeito não se parecia com os homens armados do ataque ao Charlie Hebdo.
O premiê Valls foi questionado na rádio RTL após uma reunião de emergência no gabinete do presidente francês, François Hollande, se temia novos ataques.
“Essa pergunta é inteiramente legítima, essa é obviamente nossa maior preocupação, e é por isso que milhares de policiais e investigadores têm sido mobilizados para capturar esses indivíduos”, disse o premiê.
Dia de luto
A França deu início a um dia de luto pelos jornalistas e policiais mortos pelos homens armados e encapuzados, que utilizavam rifles Kalashnikov. As bandeiras francesas tricolores foram hasteadas a meio-mastro.
Dezenas de milhares participaram de vigílias por toda França na quarta-feira após o ataque, em defesa da liberdade de expressão, muitos usando faixas em que se lia “Je Suis Charlie” (Eu sou Charlie), em apoio ao jornal.
O ataque levantou preocupações sobre a segurança em países de todo o mundo. Líderes muçulmanos condenaram o tiroteio, e alguns relataram o temor sobre um surto de sentimento anti-islâmico na França, país de grande população muçulmana.
O Conselho Muçulmano da França pediu a todos os muçulmanos franceses que se juntassem ao minuto de silêncio e declarou que vai emitir um chamado a “todos os imãs em todas as mesquitas da França para que condenem a violência e o terrorismo, de onde quer que venham, da maneira mais dura possível”.
Fontes policiais disseram que o vidro da janela de um comércio de kebab vizinho a uma mesquita na cidade de Villefrance-sur-Saone, na região central do país, ficou estilhaçado por uma explosão durante a noite. A mídia local relatou que não houve feridos.

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